AIDS EM MACEIÓ

Números da Aids em Maceió

Entre 1997 e 2007, a evolução da taxa de incidência da Aids em Maceió sofreu aumento de 80,5%. O município, no comparativo nacional, aparece em 20º lugar, com uma média de 21% de notificações por 100.000 hab. Apesar de taxas tão altas, a capital alagoana está entre as cidades brasileiras que apresentaram melhor desempenho de controle da epidemia no país.
A análise é do Ministério da Saúde, que elaborou um panorama detalhado dos casos de Aids nos 4.867 municípios brasileiros onde já foi notificada, pelo menos, uma ocorrência da doença. O perfil da epidemia está no Boletim Epidemiológico Aids/DST 2009, divulgado nesta quinta-feira, 26, pelo Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde.
Para o técnico de Prevenção do programa DST e Aids da Secretaria Municipal de Saúde, Samuel Ramires, Maceió não encontra-se aquém do panorama nacional. "Ela reflete o que está acontecendo no Brasil", justificou o técnico.
De acordo com o Boletim, em municípios com mais de 500 mil pessoas, houve decréscimo da taxa de incidência, entre 1997 e 2007, de 32,3 para 27,4 notificações por 100 mil habitantes.
Ao longo desses dez anos, ainda de acordo com o relatório, 24 dos 39 municípios com mais de 500 mil habitantes registraram queda significativa na taxa incidência ou se mantiveram estáveis.


Numéricos
Ao contrário das regiões Sul e Sudeste, em que houve aumento significativo, o Norte e Nordeste apresentam um perfil diferente da doença. Nestas duas últimas, ocorre aumento da taxa de incidência, quando se compara 1997 com 2007, tanto em municípios grandes quanto em pequenos. O Sul concentra 19,2% dos casos, com 104.671 notificações; Nordeste (11,9%), com 64.706; Observando o boletim, a evolução da taxa de incidência dos 39 municípios com mais de 500 mil habitantes, em algumas cidades é assustadora. No município de Ananindeua (PA), por exemplo, o aumento foi de 380,0%; seguido de São Luís (MA), com 272,1%; Teresina (PI), com 254,4%; Belém (PA), 230,9%; Manaus (AM) com 149,1%; e Jaboatão dos Guararapes (PE), que apresentou aumento de 136,2%. Maceió aparece na tabela com uma posição confortável, com índice de 80,5% de incidência.
Para Samuel, esses números refletem também uma face cruel da doença, que nos últimos anos tentem a uma feminilização e pauperização dos casos. "Os maiores índices de casos estão concentrados nas regiões mais populosas da cidade e de baixa renda", disse ele. "Para 2010, a secretaria trabalha um mapa que norteie os trabalhos do programa", acrescentou. Segundo o técnico, os bairros da cidade com maiores notificações são Bebedouro, Benedito Bentes, Jacintinho e Vergel do Lago.

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